terça-feira, 26 de maio de 2009

Lei da portabilidade ainda gera problemas


Desde setembro do ano passado, 1.182 consumidores formalizaram queixas nos Procons de todo o país, 57% insatisfeitos com a migração de telefones fixos e 43% de celulares.

Cobranças indevidas, prazos desrespeitados, telefones que não funcionam. A lei da portabilidade ainda não acabou com os problemas entre as empresas de telefonia e o consumidor.


Assim que a portabilidade começou a valer, Márcio procurou outra operadora. Queria um plano mais econômico. Acabou ficando sem celular por 20 dias. “Eu fiquei totalmente incomunicável. O telefone ficou um período mudo, sem ligar, surdo e mudo. Não conseguia nem falar, nem receber ligações”, diz Márcio Magalhães, funcionário público.

As operadoras têm até cinco dias úteis para concluir a migração de telefones celulares. E até sete dias corridos para os fixos. O telefone poderá ficar sem funcionar, no máximo, por duas horas.

Márcio recorreu ao Procon e não foi o único. Desde setembro do ano passado, 1.182 consumidores formalizaram queixas nos Procons de todo o país, 57% insatisfeitos com a migração de telefones fixos e 43% de celulares. A região Centro-Oeste é a que tem maior número de reclamações, seguida do Sudeste, Sul, Nordeste e Norte.

Uma das queixas mais freqüentes é o descumprimento de prazos. A promessa, por telefone ou na loja é uma, na prática é outra. De acordo com os Procons, os consumidores se sentem inseguros para mudar. “As pessoas estão em duvida e não sabem se migrando para uma outra operadora, a sua situação vai melhorar”, diz Ricardo Pires, diretor do Procon-DF.

O Ministério da Justiça faz um alerta: as tarifas das operadoras são muito parecidas. Então, na hora de escolher. “A qualidade oferecida no atendimento ao consumidor é que deve ser referencial de concorrência para que o consumidor abandone aquela operadora e busque uma nova operadora”, diz Juliana Pereira, diretora do Departamento de Defesa do Consumidor.

Fonte: G1

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