Em acidente ocorrido no dia 7, dois jovens morreram em Curitiba.
Inquérito será concluído pela Procuradoria Geral de Justiça.
O deputado está internado no Hospital Albert Einsten, onde deve passar por uma cirurgia para reconstrução dos ossos do rosto. Ele recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e pode receber visitas.
Nesta quarta-feira (13), o hospital de Curitiba, onde o deputado foi atendido logo após o acidente, informou que a polícia requisitou amostras do sangue para fazer o exame de dosagem alcoólica, quase uma semana depois do acidente. Com os outros jovens envolvidos, que morreram no local do acidente, os exames foram colhidos na hora. Os resultados ainda não saíram.
Investigação
A Diretoria de Trânsito (Diretran) da Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs) entregou à polícia, nesta terça-feira (12), as imagens gravadas por radares que ficam próximos ao local do acidente.
O delegado Armando Braga de Moraes, da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), havia solicitado as gravações na segunda-feira (11). O material deverá servir para apurar a velocidade do carro dirigido pelo deputado. A Secretaria Estadual da Segurança Pública informou que ainda não tinha detalhes sobre as imagens recebidas.
Sem habilitação
O deputado já havia ultrapassado a quantidade de pontos da carteira de habilitação por causa de multas por excesso de velocidade e não deveria estar ao volante quando se envolveu no acidente.
A relação de multas sofridas pelo político chega a 30 desde 2003, mas 22 delas foram cometidas depois que Carli Filho assumiu o cargo de deputado. As infrações somam 130 pontos. No formulário do Departamento de Trânsito (Detran-PR), a carteira de Carli Filho está em situação irregular. Ele não recorreu de sete infrações e não poderia dirigir desde julho do ano passado.
Em três das multas, ele foi pego pelo radar com 50% acima da velocidade permitida, o que é considerado como infração gravíssima. Cinco delas foram registradas na avenida Monsenhor Ivo Zanlorenzi, mesmo local do acidente de quinta-feira, mas em datas anteriores.
A assessoria do Detran não informou o andamento dos processos envolvendo o deputado. Segundo o órgão, se o motorista não devolver a habilitação, a única chance da irregularidade ser descoberta é por meio de blitze e fiscalizações.
A família do político ainda não se pronunciou sobre o caso.
O inquérito do caso será concluído pela Procuradoria Geral de Justiça, pois o deputado tem foro privilegiado. A pedido do advogado Elias Mattar Assad, que representa as famílias das vítimas, o promotor Rodrigo Chemim foi destacado para acompanhar o processo.
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